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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Robalos e Tertúlias em Dezembro…na Raposa!


Tinha chegado finalmente o 5 de Dezembro e com o jipe carregado parti rumo ao Litoral Alentejano para uma desejada semana de spinning aos robalos. O objetivo era chegar a Pinheiro da Cruz por volta das 14 horas, mas uma avaria no jipe em plena A1, na zona de Pombal, obrigou-me por precaução a solicitar a assistência em viagem. Inicialmente stressei um pouco, mas logo a calma imperou e este contratempo foi ultrapassado com a chegada do reboque e transferência da bagagem para um táxi que me transportou ao Prior Velho, para levantar um carro de substituição. Eram 19:30 quando finalmente estacionei a viatura no destino…o muito simples mas paradisíaco “Fox Beach Resort”. Após a degustação de uma “bucha” e com o corpo a pedir, depois um dia muito atribulado, deitei-me e adormeci com o pensamento já no dia seguinte.

Eram cerca de 6:30 quando o barulho do mar me despertou, na cama continuei a ouvir o som das ondas, mas algo não me agradava. Levantei-me, e ainda no lusco-fusco dei uma olhada ao mar que tinha cerca de duas horas de enchente, verifiquei que períodos de acalmia eram interrompidos por 4 ou 5 vagas bem altas, que rebentavam longe e provavelmente muita areia levantavam, não gostei, mas podia ser com o subir da maré e mar mais grosso, a rebentação deixasse de levantar areia, permitindo aos robalos abeirarem-se. Tomei o pequeno-almoço e preparei-me para 2 horitas de pesca, não mais, porque havia que preparar o almoço combinado com os amigos…“Tripas à moda do Porto”. A maré enchia e as condições de mar não melhoraram tendo até o período de vaga aumentado. Mesmo assim, bati uma série de cabeços e fundões na espetativa de algum robalo deambular junto à praia, mas nem toque senti.

Os amigos foram chegando para a primeira tertúlia da semana, um almoço tipicamente nortenho...do Porto. O Ramiro e o Luís lá me foram contando que na semana anterior com menos mar tinham saído uns robalotes, o que me animou um pouco na esperança que o mar acalmasse. Com muito sol e uma temperatura fantástica iniciamos o almoço na mesa do coberto traseiro, ao ar livre. Desde reviver momentos do verão a pescarias, de tudo se falou um pouco, enquanto eram degustadas as deliciosas tripas acompanhas por um bom tinto do Douro. É bom, muito bom conviver com amigos deste calibre. Assim se passou uma excelente tarde de domingo na Raposa, com a promessa de que no feriado de 3ª feira se repetiria com umas favas à Alentejana. Há falta de pesca nada melhor do que umas “tainadas”!




Na segunda-feira o mar não deu sinal de melhoria e as previsões apontavam somente para 5ª feira uma quebra de mar. Foi sem “feeling” que durante a manhã coloquei na água todas as amostra e vinis que tinha na bolsa, robalos só avistei alguns na vaga bem ao longe. À tarde, com o regresso do Luís à Raposa, efetuamos um giro até à Comporta para verificar as condições de mar a norte, que se mostraram aceitáveis, para na manhã seguinte lá fazer uma faina. Ao fim da tarde já quase todos os “tertulianos” se encontravam na Raposa e como o mar não estava para pescas foi mais uma jantarada pela noite dentro.

Praia da Comporta
A terça-feira nasceu cinzenta, o mar mantinha-se sem condições naquele local, tal como o previsto, desloquei-me à Comporta. As condições de mar também eram más, com a vaga a quebrar longe e muita areia, de qualquer forma bem melhores do que na Raposa. Pesquei até cerca do meio-dia sem sentir qualquer toque, tal e qual como todos os pescadores com quem me cruzei…uma palete de “grades”! As favas esperavam-me e num instante já me regalava com as iguarias alentejanas…fantástico! E assim se passou mais uma bela tarde de convívio, em que sinceramente muito senti a ausência da minha mulher que também tanto gosta destes momentos.

copyright@Anabela
Tinha ainda dois dias e meio para me safar embora certamente a 4ª feira fosse para esquecer, o mar só na 5ª quebrava. Assim foi!

Praia da Raposa

Quando observei o mar na quinta-feira ao nascer do dia, o “feeling” voltou! Eram excelentes as condições, verdadeiramente robaleiras. Durante a manhã desloquei-me a sul até ao Pinheirinho e por incrível que pareça o peixe não colaborou, embora tenha visto muitos robalos a deambularem nas vagas, bom sinal! Ao almoço degustei um belo bife para retemperar as forças para a faina da tarde.

Durante a tarde, o sentido era norte, até ao Pego e voltar. Já pescava há cerca de meia hora com amostra favorita do Ramiro, quando ferro o primeiro robalo, que saudades daquelas cabeçadas! O Labrax kileiro retemperou-me as forças e a mente e uma hora mais tarde ferro outro do mesmo calibre. Até ao anoitecer não tive mais toques, regressei a casa no sentido de descansar umas horitas e efetuar a maré da madrugada.



A preia-mar era por volta das 2 horas da madrugada e o objetivo era pescar entre a meia-noite e as 5 horas. Já tinha mais de uma hora de faina quando sinto um forte ataque, mas o peixe não ferrou, parecia ser um bom robalo. Entretanto o tempo foi passando, a maré virou e já no regresso, na mesma cova onde à tarde tinha ferrado o primeiro robalo sinto um safanão na cana, drag a cantar e aquelas cabeçadas que tanto adoramos. Belo peixe na ponta da linha! Com um misto de calma e aquela ansiedade típica, coloquei com alguma facilidade o robalo a seco. Não sendo um grande tarolo, já era um belo peixe de 68cm e mais de 3kg. Ainda continuei a enviar plástico e vinil para a água mas aquele robalo era filho único. Deitei-me às 5 da manhã e dormitei cerca de 3 horas. Ainda fiz uma horita de pesca, tendo capturado um miki, prontamente devolvido. Estava na hora de arrumar a “tralha” e preparar o regresso ao Porto.


As previsões meteorológicas e de mar eram boas para a semana, mas enquanto o tempo se manteve bom, com temperaturas agradáveis e ausência de vento, já as do mar alteraram e na realidade só consegui ter condições desejadas no dia anterior ao regresso. De qualquer forma foi uma semana fantástica com companhia de bons amigos e inesquecíveis momentos…as verdadeiras Tertúlias da Raposa!

Luís, finalmente degustaste o verdadeiro sabor do vinho do Porto…é divinal!

Feliz Natal e desejos de um bom ano de 2016 a todos.



Material utilizado:
Canas: Cinnetic Seabass Explorer 3.30, Shimano Biosmaster 300 mh;
Carretos: Cinnetic Cautiva II 4500 ALU, Penn Conflict 4000;
Fios: Suffix 832 0,20 e  Cinnetic Mimetic fluorcarbono 0,40 (terminal);
Amostras c/capturas: Shimano silent assassin 160, Lucky Craft flash minnow 130 Zebra chart. shad, Daiwa tournament sw slender  14f 06; 

Cinnetic

7 comentários :

  1. Boas José,
    A coisa começou com alguns percalços, mas ainda assim ainda safaste a coisa e não passaste fome nenhuma... lol
    Ainda valeu esse de 3 Kg´s, para matar saudades! :)
    Para a próxima dás com o tal...

    Forte Abraço e Boas Festas

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    1. Olá Manel,
      Valeu pelo convívio efectivamente! Ainda me safei no último dia...para Janeiro há mais!
      Forte abraço e boas fainas!

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  2. Comé José!
    Bom de toda essa aventura o que se pode dizer que correu mesmo mal foi o imprevisto com a viatura...
    De resto deu pa ver que petisco não faltou hahhahahaha
    Com amigos da pesca quando não se pesca petiscasse e bebe-se uns canecos ;)
    Ainda assim tiraste uns peixes embora poucos para uma semana mas uma semana que quase não deixou pescar, podia ter sido bem pior ;)
    Parabéns pelo relato e pelas capturas...
    Um abraço e bom Natal, força aí.

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    1. Olá Pedro,
      Pela amizade e gastronomia foi fantástico! Proximamente regressarei e espero ser mais feliz na pesca!
      Forte abraço e boas fainas!

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  3. José
    parabens pelas capturas..

    desejo-te a ti e á tua familia um Bom Natal e um prospero Ano Novo.
    um dia destes havemos de marcar uma pescaria ali para os lados do porto.

    grande Abraço

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    1. Viva,
      Obrigado.
      Feliz Natal e bom ano também para ti. Olha que porventura na tua
      zona provavelmente seremos mais eficazes...um dia deste marcamos uma faina.
      Forte abraço e boas fainas!

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    2. Ok , fica uma faina a combinar

      Abraço

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